João 19.16
Ele passou toda a noite em agonia; tinha passado a manhã na casa
de Caifás, fora levado de Caifás a Pilatos, de Pilatos a Herodes, e de
Herodes, de volta a Pilatos; restava-lhe, portanto, pouca força, e ainda
assim não lhe foi permitido nenhum repouso ou descanso. Eles
estavam ansiosos por Seu sangue, e por isso, levaram-no para morrer,
carregando a cruz. Ah, dolorosa procissão!
O que aprendemos aqui ao ver nosso Bendito Senhor ser levado?
Será que não percebemos essa verdade estabelecida no simbolismo
do bode expiatório? O sumo sacerdote não trouxe o bode expiatório e
colocou as mãos sobre sua cabeça, confessando os pecados do
povo, para que aqueles pecados pudessem recair sobre o bode e não
fosse imputado sobre as pessoas? Então, o bode era levado embora
para o deserto por um homem justo, carregando os pecados do povo,
de modo que se fossem procurados, não poderiam ser encontrados.
Agora vemos Jesus ser levado perante os sacerdotes e governantes,
que o julga culpado; o próprio Deus imputa nossos pecados a Ele: “o
Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”; “Ele o fez pecado
por nós”; e, como substituto de nossa culpa, suportando nossos
pecados sobre Seus ombros, representado pela cruz vemos o grande
Bode Expiatório ser levado pelos nomeados sociais de justiça. Querido irmão, você se sente seguro de que Ele levou seus pecados?
Quando olha para a cruz nos ombros de Cristo, ela representa os
pecados que você comete? Há uma forma de dizer se Ele levou ou
não os seus pecados. Você colocou sua mão sobre a cabeça dele,
confessou seu pecado e se entregou a Ele? Então, seu pecado não
está mais sobre você; foi totalmente transferido pela bendita
imputação a Cristo; e Ele o suporta sobre seus ombros como uma
carga mais pesada do que a cruz.
Não permita que essa imagem desapareça até que você tenha se
alegrado em sua própria libertação e adorado o amoroso Redentor,
sobre quem suas iniquidades foram lançadas. Que neste dia em que
haveremos de cear você possa agradecer a Jesus por ter realizado
tão grande obra.
Pr. Izaias Cunha