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CRENTES DE ANTIGAMENTE

Certo empresário, ao ver sobre a sua mesa um punhado de cheques sem fundos e, sabendo que muitos foram recebidos de pessoas tidas como crentes, exclamou: “os crentes de hoje, deviam ser como os de antigamente, eles honravam a palavra”.
1. Sabiam o Valor do Sofrimento (leia Hb. 10:32-34): parece que os crentes do passado entendiam e aceitavam o sofrimento, com muito mais naturalidade, como parte da condição humana. Enfrentar enfermidades, lutas financeiras e perdas não significava, para eles, ser uma pessoa sem fé, sem equilíbrio e sem consagração. Eles entendiam que são as lutas que nos dão forças para voarmos mais alto. Sabiam que através das lutas somos moldados e nos tornamos da maneira que Deus quer que sejamos.
2. Casavam-se para Sempre (Mc. 10:9): no passado, muitos casais, tinham como alvo edicar um lar que honrasse o evangelho. Sabiam que num relacionamento conjugal, há tempos de lutas e vitórias, celebrações e aridez, alegrias e tristezas, mas não pulavam fora do casamento.
3. Amavam a Igreja Local: alguns crentes do passado, chegaram a criar todos os olhos, netos e até bisnetos numa mesma Igreja. Não viviam saçaricando de Igreja em Igreja. Passavam os tempos de avivamento, mas também de frieza numa mesma comunidade. Estavam de fato, plantados na casa do Senhor, e, por isso, floresciam nos átrios na casa do nosso Deus. Na velhice davam ainda frutos e eram cheios de poder para anunciar as grandezas do Senhor (Sl. 93:13-15). Contabilizavam histórias e testemunhos de mais de 15, 20, 30, 40, 50 anos naquele lugar. Mudar de Igreja, era uma das decisões mais difíceis de suas vidas. Mesmo tendo que andar muitos quilômetros a pé ou a cavalo, algumas vezes à noite ou debaixo de chuva, não deixavam de ir à Igreja, muito menos, mudavam de denominação ou pediam transferência para outra comunidade mais próxima. Não era qualquer
escândalo, decepção ou problema que os afastava da casa do Senhor.
4. Procuravam ter uma vida simples: anos atrás, a maioria dos crentes vivia sem exagero ou desperdício. Muitos deles diziam como o salmista: “SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para
mim” (Sl. 131:1). Eles entendiam que “… nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as
quais afogam os homens na ruína e na perdição. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (I Tm. 6:7-10).
5. Zelavam pelo Testemunho: havia no passado uma grande preocupação dos crentes pelo testemunho que davam. Por esta razão, evitavam prejudicar o próximo em um negócio. Tinham horror de comprar a prazo e se comprassem, zelavam para não “dar o cano”. Em épocas de crise financeira, sofriam o dano para não prejudicar ninguém. Eram pessoas de caráter. Portavam-se decentemente no meio da sociedade. Diziam “sim, sim; não, não” (Mt. 5:37).
6. Buscavam a Santificação: não era raro, naquela época, encontrar crentes que desviavam-se do mal. Podiam até cair em pecado, como qualquer ser humano, mas, se isto acontecesse, seus corações eram quebrantados, recebiam a disciplina, arrependiam-se e buscavam um caminho novo. Criam em absolutos. Afirmavam, declarada e publicamente, que certas coisas são certas e outras, erradas. Muitos, gostavam de orar e buscar o poder de Deus, mas vigiavam também a língua para não falar mal dos irmãos. Se Deus os usava com poder, tinham consciência de que eram apenas instrumentos.
7. Eram comprometidos com Deus: para a maioria dos crentes do passado, o compromisso com Deus vinha em primeiro lugar. Por isso, eram dizimistas e ofertantes apaixonados pela obra do Senhor. 
Obedeciam aos pastores, cuidavam com carinho da família pastoral, sempre traziam visitantes à Igreja, oravam, jejuavam, evangelizavam… enfim, eram comprometidos com o Sagrado! Finalmente, não queremos aqui julgar as pessoas dizendo que os crentes do passado eram mais crentes que os de hoje, porém, de uma coisa eu não tenho dúvida: eles marcaram gerações! Eles fizeram história! Eles eram envolvidos na vida da Igreja! Não eram só assistentes ou meros frequentadores. Crentes assim, sempre existiram na Igreja, e são eles que fazem a diferença. Davi serviu aos propósitos de Deus em sua geração e morreu (Atos 13:36) e você? Não quer fazer o mesmo? Vamos em frente, Deus quer assim.
Pr. Izaias Moreira da Cunha