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CRENTES DE PORCELANA

“Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de
madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra” (II Tm. 2:20)


A avó de Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), possuía um aparelho de jantar de porcelana,
o qual, face ao seu alto custo, raramente era usado, a não ser em datas festivas e ocasiões
especiais. Este aparelho de jantar era sempre limpo e cuidadosamente guardado no armário
da copa. Um dia, porém, ao abrir aquele armário, sua avó percebeu que algumas peças
estavam trincadas e outras quebradas. Então, ela ficou muito triste e lamentou: “que pena que
usei poucas vezes o meu jogo de porcelana”.
Há cristãos que são precisamente iguais a tal aparelho de porcelana, pois, não deixam, no
decorrer do tempo, de apresentar as suas “rachaduras”.
A porcelana é parecida com o vidro, que, embora, seja de um material duro, quebra-se com
facilidade. Parece que alguns crentes são feitos de porcelana. Vivem trincados e rotos. Como
saber se você é um crente de porcelana? Esse tipo de crente tem as seguintes características:
1. Crentes de porcelana tendem a viver isolados: algumas pessoas, por se “quebrarem” com
facilidade acabam vivendo isoladas. Outras acham que são importantes demais para servir,
por isso, na maioria das vezes, vivem trancadas no seu próprio mundo. Crentes de porcelana
normalmente se alimentam do isolamento e da exclusão social.
2. Crentes de porcelana são extremamente sensíveis: em nossas Igrejas, há pessoas “cheias de
não me toque”. Muitos são tão melindrosos que acabam se escandalizando com qualquer
coisa. Há crentes que são hipersensíveis a ponto de uma palavra ser suficiente para lhe deixar
ofendido e indiferente.
3. Crentes de porcelana pensam que são superiores aos outros: não é difícil encontrar na
Igreja pessoas com o espírito de grandeza. Porém, o Apóstolo Paulo disse que “… se alguém
julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana” (Gl. 6:3). É comum dos seres
humanos tentar passar uma imagem diferente daquilo que ele é na realidade. Salomão, certa
vez, disse: “Uns se dizem ricos sem terem nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos” (Pv.
13:7). Mas lembre-se: aos olhos de Deus todos nós somos iguais, todos temos o mesmo valor,
pois “… a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc. 12:15).
Creio que Deus não quer que sejamos semelhantes aos vasos de porcelana, mas, sim, como
vasos de honra, endurecidos, capazes de suportar as pressões, os pesos e as tempestades
sem esmorecimento e fraqueza. É desse tipo de crente que Deus quer encontrar na IPB
Filadélfia. Você está disposto a ser um crente assim?


Com carinho,
Pr. Izaias Moreira da Cunha