Dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. A data foi escolhida por
causa do sucedido em 8 de março de 1857, quando 129 operárias de uma
fábrica têxtil de Nova Iorque entraram em greve. Queriam salário igual ao dos
homens e redução da jornada de trabalho, que chegava a 16 horas diárias.
Os donos da fábrica trancaram as operárias e incendiaram a fábrica,
matando-as todas. Foi em 1910 que o 1º Congresso Internacional das
Mulheres, na Dinamarca, escolheu esta data, 8 de março, como Dia da
Mulher.
Não se queimam mais operárias grevistas, mas ainda não se respeita a
mulher como se deveria. Ainda é objeto de piadas sexistas e imundas. Por
vezes não são respeitadas nem pelo marido nem pelos olhos, que as vêem
apenas como se fossem máquinas provedoras de conforto doméstico e não
gente a ser amada e cuidada. Maridos autoritários e olhos grosseiros, que
sempre reivindicam, que sempre têm direitos, mas nem sempre se lembram
dos seus deveres e dos direitos da esposa e mãe.
Lucas 8.3 fala de Joana e Suzana, que o serviam com seus bens. Lucas 23.55
fala das mulheres que se preocuparam em ungir o corpo dele, na sepultura. E
quantas outras, como Priscila (At 18.2) e a diaconisa Febe (Rm 16.1). Isto sem
falar de Maria, mãe de Jesus, e Isabel, mãe do Batista. Na história
presbiteriana brasileira, temos uma Eleni Vassão (Capelania Hospitalar),
Helenita Borja (Educação Cristã Infantil), Ana Maria Pereira da Silva (1955-
2000) (através do Desperta Déboa). Sem as mulheres, a história do evangelho
nunca teria sido escrita.
No dia de hoje, duas palavras se fazem necessárias. A primeira é dirigida à Igreja: Que nunca deixe de respeitar o trabalho
feminino nem de reconhecer sua importância. Que missionárias e obreiras
leigas nunca sejam vistas como desocupadas ou gente sem opção, mas que
sejam respeitadas porque zeram a melhor opção: servir a Cristo.
A segunda é encaminhada ao elemento feminino da Igreja. Orgulhe-se de
ser mulher: Você não é um ser de segunda categoria. É a obra prima de Deus.
A mulher de Ezequiel foi chamada por Deus de “a delícia dos teus olhos”. E
Deus sabe o que diz. A você, mulher, o meu respeito. A você, mulher cristã, comprometida com
o evangelho, meu respeito e admiração. Além de ser bênção em sua casa,
você ainda tem tempo de ser bênção na igreja. E para o mundo, também.
Benditas sejam as mulheres. Felizes as Igrejas que as reconhecem e valorizam.
Do olho de uma mulher, irmão de uma mulher, marido de outra,
orgulhosamente, pastor de muitas outras mais e professor de muitas mulheres
interessadas no aprendizado cristão.
Pr. Izaias Cunha