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Jesus Cristo, o Missionário de Deus

Jesus Cristo, o missionário de Deus

 O mandato missionário se baseia no Velho Testamento como um fio que entrelaça toda a história de Israel. O escopo de missões sempre foi e sempre será universal, já que procura anunciar e promover o reino de Deus por todo o mundo. No Novo Testamento esta preocupação universal de Deus se intensifica a partir do ministério de Jesus. O Evangelho segundo Lucas, mais que todos os outros enfatiza a significância universal da vinda de Jesus. Lucas, começa com a genealogia de Jesus a partir de Adão destacando-o como Filho do Pai de toda a humanidade. Assim Jesus se identifica com o plano-mestre e universal de Deus na história da criação de ter domínio sobre todas as coisas, e não somente o Israel. Em Lucas vemos Cristo como o “Missionário de Deus”. Consideremos três aspectos do seu ministério.

1) ATRAVESSOU BARREIRAS GEOGRÁFICAS
Jesus centralizou seu ministério no início em Cafarnaum. Mas ele preparou-se para avançar para outras cidades: “é necessário que eu anuncie o Evangelho do reino de Deus também às outras
cidades, pois para isso é que fui enviado”. O Evangelho deve se espalhar. Não pode ficar parado em lugar algum! É implícita sua divulgação por toda parte, atravessando todas as barreiras geográficas, sempre em movimento, até que todos recebam as Boas-Novas. O ministério de Jesus demonstra uma preocupação missionária que cruza as fronteiras geográficas, convocando todos em todo lugar a assumirem a vida do reino.
2) ATRAVESSANDO AS BARREIRAS SOCIAIS
Contudo, a missão de Jesus não se reduziu a cruzar barreiras geográficas. Jesus também atravessou barreiras sociais, pois ele incluiu novas faixas da sociedade antes negligenciadas. Três vezes Jesus foi à casa dum fariseu para jantar (Lucas 7.36; 11.37;14.1). Outra vez, uma mulher pecadora ungiu os pés de Jesus com perfume (Lucas 7.36-50). Ele ministrou ao desterrado, ao aflito e ao pecador. Até os publicanos foram o objeto de seu amor e da sua atenção. Eles eram as pessoas mais odiadas pelo povo, considerados exploradores, pelos altos impostos que coletavam, e traidores por ajudarem a enriquecer o estado político e romano. Jesus, apesar deste forte preconceito social, foi jantar na casa de Levi (5.27-32). Ainda mais, ele se convidou à casa de Zaqueu, um outro coletor de impostos (19.1-10). Desta forma, Jesus demonstrou concretamente que sua missão implicava em cruzar todas as barreiras sociais, dando atenção especial para as faixas da sociedade mais rejeitadas.
3) ATRAVESSANDO AS BARREIRAS CULTURAIS E RELIGIOSAS:
Jesus alcançou até os samaritanos, aqueles meio-judeus desprezados e marginalizados pelos judeus. Mas não só os alcançou como também fez deles heróis quando contou a história do bom
samaritano (10.29-37). Imagine o aborrecimento dos fariseus quando contou esta história! Interessante que entre os dez leprosos que Jesus curou, aquele único que voltou para agradecer era samaritano (17.11-19).
Um outro escândalo cultural e religioso que Jesus causou foi seu tratamento para com o centurião romano. Pois é claro que os judeus colocavam os gentios fora da esfera do amor e atividade de Deus (a não ser que se tornassem judeus!). Contudo, quando este guarda romano que mantinha a lei e a ordem na região, pediu que Jesus curasse seu servo e confiou apenas na palavra afirmativa de fazêlo, Jesus afirmou: “nem mesmo em Israel achei fé como esta” (7.9).
Concluindo, a responsabilidade está nos nossos ombros. “Vós sois testemunhas destas coisas” inclui todos os cristãos. É nossa responsabilidade levar o Evangelho a todas as nações. Se nós não fizermos, deixamos até de ser a igreja, pois este envio para o mundo é da sua própria essência.