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MARCAS INEGOCIÁVEIS DOS PRESBÍTEROS DA IGREJA

Para o apóstolo Paulo, o presbítero (quero aqui incluir o diácono também), ocupando a liderança de uma Igreja local deve possuir algumas características que possam nortear e confirmar sua autoridade como homem de Deus (Atos 20. 28-35). Vejamos: 


1. É PRECISO TER CUIDADO COM SUA VIDA DEVOCIONAL:
Atos 20.28: “Atendei por vós” – Paulo os admoesta que precisavam atentar por eles mesmos. Em Atos 6.4 eles foram unânimes em dizer: “Escolhei diáconos porque, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra”. Perceba a ênfase de Paulo a uma vida de devoção à oração e às Escrituras. Todo líder de Igreja sem devocionalidade na vida confunde ministério com profissão e começa a enxergar Deus como patrão, e não como Pai, a Igreja como empresa, o ministro-pastor como empregado e a si mesmo como chefe e não como ovelha confinada por Deus ao pastoreio. Essa
é a razão da existência de tantos líderes déspotas “dominadores dos que lhe foram confinados” (1 Pe. 5.3).


2. É PRECISO REVESTIMENTO / AUTENTICAÇÃO DO ALTO, DE DEUS: Atos 20.28: “O Espírito Santo vos constituiu bispos” – A capacitação do ministério de presbítero não é conquistada nos livros, nas confissões, na participação de simpósios ou cursos, no muito estudar ou em coisas semelhantes. Não que essas coisas não sejam pertinentes, mas a capacitação vem do alto, de Deus. É o Espírito que unge a cada presbítero para o seu ministério de protetor das almas. A indicação por meio da votação é resposta da Assembleia reunida, mas, a escolha e a vocação, vem de Deus. Se o Espírito de Deus não comissionou, não adianta o homem postular. Sendo assim, não podemos abrir mão de homens que têm o orvalho dos céus em suas cabeças; a graça de Cristo em seus corações; a fonte de vida em suas línguas; os sonhos de Deus em suas mentes; a vara ungida pelo amor em suas mãos e os joelhos marcados pela prática da oração, jejum e serviço ao Senhor (Atos 13.1-3). Por outro lado, sendo constituído pelo Espírito Santo, ao homem não compete tirá-lo, seja por “manobra” eclesiástica, ou desejos e caprichos pessoais em forma de “abaixo assinado”, mas pelo próprio Deus, no seu tempo, exceto se houver uma “queda” moral pela prática do pecado. A Bíblia e a Constituição da IPB, assim ensinam.

3. HOMENS LÚCIDOS CAPAZES DE DISCERNIR O MAL:
Atos 20.29-30: “Portanto, vigiai” – Precisamos de presbíteros que saibam distinguir o lobo da ovelha, pois são protetores do rebanho. Precisamos de presbíteros que sejam defensores da sã doutrina reformada bíblica e presbiteriana, e que não permitam que a Igreja seja enfraquecida com “ensinos fantasiosos”, doutrinas mentirosas que fazem promessas enganadoras. A advertência bíblica diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Tm. 4.1).
Paulo adverte aos presbíteros de Éfeso: “Eu sei que dentre vós surgirão”. Precisamos ter coragem para dizer não aos “profetas e profetisas de última hora” que estão emergindo entre nós “em nome de Deus”. Precisamos ter coragem para ficar com o ensino puro e simples da Palavra de Deus em detrimento ao “bem estar” do meu ego, ou a minha satisfação interior. Precisamos de presbíteros maduros e comprometidos com a doutrina reformada calvinista. Esteja em oração por este momento singular na vida da Igreja. Escolha homens comprometidos com a Igreja local e com o Reino de Deus.


Pr. Izaias Cunha
pr.izaiascunha@gmail.com