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O CORAÇÃO É A FONTE DO PECADO

Há uma notável declaração do Senhor Jesus nesta passagem que refere-se ao coração humano. Ela merece a nossa mais plena atenção. Ele declara nestes versos, que “O CORAÇÃO É A VERDADEIRA FONTE DE TODO PECADO E CONTAMINAÇÃO”.
Os fariseus ensinavam que a santidade dependia de comidas e bebidas, da lavagem do corpo e purificações. Eles afirmavam que todos quantos obedeciam a essas tradições eram puros e limpos aos olhos de Deus, e que todos quantos a negligenciavam eram impuros e pecaminosos. Nosso Senhor derrubou toda essa miserável doutrina, ao mostrar que a verdadeira fonte de toda contaminação não estava fora, mas, sim, dentro do homem: “do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfemias. São estas as coisas que contaminam o homem”. Quem quer servir a Deus corretamente, precisa de algo muito mais importante do que a simples lavagem do corpo. É preciso buscar um coração puro.
Que pavoroso quadro da natureza humana encontramos aqui e exposto por Aquele que realmente sabe o que existe no homem! Que melancólica lista de sementes do mal nosso Senhor desmascarou, sementes profundamente arraigadas em cada um de nós e sempre prontas a se manifestarem vivas, a todo instante! O que podem dizer os orgulhosos e os justos aos seus próprios olhos quando leem uma passagem como esta? Este não é o retrato de algum ladrão ou assassino. É uma descrição fiel e verdadeira do coração de toda humanidade.
Que para nós, seja uma resolução bem firmada, que o estado do nosso coração será o ponto principal em toda a nossa religião. Que jamais nos contentemos em apenas frequentar a Igreja e cumprir com as formalidades externas. Que procuremos por algo muito mais profundo, com o desejo de possuir um coração “reto diante de Deus” (Atos 8.21). Um coração reto é aquele que foi aspergido com o sangue de Cristo, renovado pelo Espírito Santo, e purificado por meio da fé. 
Que não descansemos, enquanto não encontrarmos dentro de nós o testemunho do Espírito Santo, de que Deus tem criado em nós um coração limpo e de que todas as coisas se fizeram novas (S1.51.10; 2 Co. 5.17). Finalmente, que tomemos a inflexível reflexão de guardar o coração com toda a
diligência, todos os dias de nossa vida como nos diz Pv. 4.23: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração porque dele procedem as fontes da vida”. Mesmo depois de ter sido renovado, nosso coração é fraco. Nunca nos esqueçamos que o perigo principal vem de dentro. O mundo e o diabo, juntos, não podem nos causar tanto dano quanto o nosso próprio coração, se não vigiarmos e orarmos. Feliz é aquele que se lembra das palavras de Salomão: “O que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv. 28.26)
Pr. Izaias Cunha