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O CRENTE DEVE SE POSICIONAR POLITICAMENTE?

O CRENTE DEVE SE POSICIONAR POLITICAMENTE?

2 Co. 10.4-5 e Romanos 13.4

O Brasil vive um momento crucial, de muitas polarizações e extremismos, diga-se de passagem. Nunca se viu na história recente do nosso país debates tão acalorados no que diz respeito à liberdade de expressão, liberdade de culto, direito de ir e vir, em oposição à ditadura do politicamente correto, à imposição de comportamento das minorias (incompatível com nossa fé) em relação às maiorias, e percebemos como nunca antes que os sofismas mencionados por Paulo precisam ser anulados com força e com todo a veemência em dias como os nossos: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co. 10.4-5).

O calor das discussões e as polarizações tão evidentes têm uma razão de ser. Sem querer entrar no campo das preferências partidárias o cristão precisa ter maturidade para olhar para esse cenário dentro de uma perspectiva espiritual. Existem sim fortalezas espirituais que estão se levantando para destruir nossa fé. E a massificação das redes sociais criou um cenário atípico na história, contudo, favorável, fazendo de cada cidadão pensante um jornalista, um investigador, uma pessoa em busca da verdade. Escancarou-se a vergonha e desfaçatez das grandes mídias em distorcer grande parte das notícias que diga-se de passagem não existem mais. E isso gerou um cenário favorável para a Igreja se manifestar e lutar para proclamar o evangelho e defender nossas pautas que são inegociáveis do ponto de vista Bíblico, como por exemplo sermos contra o aborto, ideologia de gênero nas escolas, homossexualidade, erotização das crianças, destruição da família no modelo tradicional, entre outras. É da gênesis de nossa identidade como crentes sermos PROTESTANTES!

Sendo assim, neste sentido não podemos nos fazer de ignorantes e vivermos alienados do que se passa ao nosso redor, viver um romantismo religioso de que somos crentes apenas dentro da Igreja e que nossa fé não pode e não deve ser relevante para a sociedade. O crente que pensa que não podemos nos envolver com política, no mínimo age de forma simplória e ignorante. Não somos seres apolíticos, a política está em tudo o que fazemos, o que não somos e não devemos fazer jamais é politicagem, mas, a política faz parte de nossa vida.

Dito isto quero afirmar algumas coisas que precisamos entender e fazer:

  1. O Estado é laico mas não é ateu. É justamente porque o Estado é laico é que temos a liberdade de expressar nossa fé e defender nossos princípios. Sim, o Estado brasileiro possui uma população majoritariamente cristã, em torno de 80% e porque deveríamos aceitar passivamente leis que confrontam nossa fé? A igreja se calou, está silente, porque sempre pensou que não pode se meter em política e erramos nisso. Veja o que disse Martin Luther KingO que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”.
  2. Devemos sim nos posicionar ao lado de candidatos e partidos que estão alinhados com uma visão conservadora que fortalece e está disposto a lutar pelos valores de Deus, da pátria, da família e da Igreja.
  3. Exerça o seu direito de votar e nunca permita que sua consciência seja sufocada por ideias que firam suas convicções bíblicas.
  4. Procure ler e aprender a respeito do que está acontecendo. Não fale daquilo que você não sabe e não estudou. Cuidado com aquilo que você lê e assiste nas redes sociais. Pode ser tóxico e prejudicial.
  5. Fuja das discussões e debates desnecessários. Não precisamos ser inimigos de ninguém por pensarmos diferente. Apenas precisamos do respeito uns dos outros. Mas nunca abra mão de se posicionar a favor das Escrituras, custe o que custar. Nunca deixe de posicionar contra corrupção, contra o erro, de forma sábia e elegante. Deus honrará a Igreja.

Pr. Izaias Cunha