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OUTRO EVANGELHO?

Li esta semana o livro de Alisa Childers, publicado pela Editora Fiel: “Outro evangelho? Uma resposta ao Evangelho progressista” e fiquei pensando sobre a razão de estarmos vivendo dias sensíveis no que diz respeito a fazermos afirmações categóricas a respeito da fé. Afirmações categóricas sobre o certo e o errado. Por que razão vemos hoje “igrejas” inclusivas? Pastores afirmando que a Bíblia precisa ser atualizada? Pastores racionalizando e relativizando comportamentos declaradamente pecaminosos pela Palavra de Deus? Por que razão estamos vendo uma igreja cada vez mais “light”, flexível, “aberta”? Em linhas gerais, porque o cristianismo está sendo ameaçado pelo antigo e velho progressismo, uma tendência que está voltando com força, mas que já é uma velha conhecida da Igreja de Cristo. Os progressistas repudiam a Bíblia como Palavra de Deus inspirada e infalível; falam da irrelevância da Trindade; desconsideram os ensinos sobre o pecado original e pessoal e a salvação pela graça. Repudiam o nascimento virginal de Jesus, seu sacrifício expiatório e substitutivo na cruz e sua ressurreição corporal. Abdicam de todo e qualquer milagre ou sinal divino; são críticos das igrejas ou são “desigrejados”. Perceba que com essa ruptura com a crença consensual cristã, o que resta da nossa fé? Dessa forma, os pilares básicos da nossa fé estão sendo descontruídos, a agenda da esquerda e da extrema esquerda é defender ferrenhamente o foco na moralidade e não na salvação, a união homoafetiva e a redefinição do conceito de família, a defesa do aborto, a liberalização e descriminalização das drogas, a divisão marxista da sociedade em categorias de opressor e oprimido/vítima, uma política identitária que divide a sociedade, de forma que cada um desses tópicos assume um status de dogma inquestionável. Mas todas as denominações cristãs que abraçaram o cristianismo progressista estão
em franco declínio porque o cristianismo progressista conduz seus adeptos à incredulidade. Eles se submetem a uma ideia e não à Revelação de Deus.
Quero concluir dizendo que cada geração de cristãos tem sido confrontada com falsas doutrinas, movimentos heréticos e lobos em pele de cordeiro. Entretanto, a cada geração Deus também tem levantado uma igreja fiel e que não tem dobrado seus joelhos a baal. Por isso, quero convidar você a
se manter firme em Cristo, a não ceder, a não abrir mão da verdade revelada da Palavra de Deus, a não se sentir tentado ou coagido a rever seus pressupostos bíblicos em nome de um evangelho inclusivo ou de um viver “politicamente correto” em detrimento da verdade de Deus.
Não podemos redefinir completamente quem é Deus e como Ele trabalha no mundo, e chamarmos isso de cristianismo. Não podemos criar as regras e fazer o que é certo aos nossos próprios olhos e ainda afirmarmos que somos seguidores de Jesus. Que possamos unir a nossa voz com a dos santos
que já partiram antes de nós. Que possamos nos unir a Pedro, Paulo, Atanásio, Agostinho. Que tenhamos a esperança de que um dia estaremos adorando com Tomás de Aquino, Spurgeon e C. S. Lewis. Minha oração é que possamos nos encontrar naquele dia glorioso, perdoados, lavados e
purificados, firmados na verdade e desfrutando da imensa beleza de tudo isso. Juntaremos as nossas vozes com incontáveis santos de toda tribo, língua e nação: “Digno é o cordeiro que foi morto de receber  o poder, a riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Àquele que está assentado no trono e ao cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos! Amém!”.
Pr. Izaias Cunha