Dinheiro é um dos princípios fundamentais da relação com Deus nas Escrituras. Deus não apenas afirma que é Ele quem dá riquezas e bens, mas exige parte desses bens, afirmando que lhe pertence. Dinheiro na Bíblia é um tema espiritual, não é algo neutro e destituído de um sentido maior. Existe mais texto sobre dinheiro na bíblia do que sobre oração. Jesus falou mais sobre esse tema que sobre céu e inferno, exatamente porque esse assunto exerce enorme domínio sobre o coração.
Ao devolvermos nossos dízimos e ofertas a Deus, não estamos pagando nada pra Deus, mas devolvendo aquilo que Ele reivindica ser seu. Nós somos mordomos das coisas de Deus, alguém com a responsabilidade de cuidar das coisas que não lhe pertencem (1 Co. 4.1-2). As coisas que temos não nos pertencem. Além disso, Deus exige contas delas. A relação com o dinheiro aponta para algo mais profundo do coração. Vejamos alguns princípios:
1. DINHEIRO NÃO É UMA QUESTÃO DE BOLSO, MAS DE CORAÇÃO
A preocupação de Deus nunca foi com o dinheiro em si, mas com a fidelidade. Deus não precisa do dinheiro, mas do coração. Quando não damos, estamos mostrando que não confiamos na sua provisão, e por isso tentamos nos proteger. Por isso, o dinheiro comunica muito aos olhos de Deus. Ele quer saber onde estão seus desejos mais ocultos. Dinheiro revela o coração: “Onde estiver seu tesouro, ali estará o seu coração” (Mt. 6.21). Uma coisa intrigante na Bíblia, é o fato de que no Antigo Testamento, a maioria das ofertas eram usadas para serem queimadas. Imagina se resolvêssemos queimar o dinheiro arrecadado no domingo? Qual seria sua reação? A questão é que muitas destas ofertas serviam para expressar quão disponível estava o coração dos adoradores para Deus. Deus deseja nosso coração, isso implica fidelidade.
2. DINHEIRO NÃO É UM PODER NEUTRO
Jesus chama dinheiro de Mamom, uma entidade espiritual. Isso demonstra como Jesus via o dinheiro. Não uma força neutra, impessoal, mas um agente ativo, que exige adoração daqueles que resolvem segui-lo. Dinheiro faz você se curvar diante de suas ordens, torna-se Deus, assume status de divindade e exige altares. Um dos deuses desta sociedade é o dinheiro, por isso os homens têm sacrificado tudo em seus altares. Alguns sacrificam família; outros a saúde; alguns abrem mão de valores, virtudes e moral. Quando somos generosos, devolvemos nossos dízimos e ofertamos, estamos dizendo que ele nos serve, e destronamos seu governo sobre nós, transformando-o em servo.
3. DINHEIRO ESTÁ RELACIONADO À NOSSA CONFIANÇA NO CARÁTER PROVEDOR DE DEUS
Quando a pessoa dá liberalmente, afirma que Deus é responsável por sua provisão e que Ele mesmo vai cuidar de suas necessidades. Sua fidelidade significa reconhecer que tudo vem de Deus e que sem sua bênção, você não teria conseguido nada. Isso é gratidão. Por ser um deus em nossa sociedade, doá-lo é a única forma de desprezá-lo. Quando você não contribui você está dizendo: não posso abrir mão dele, porque sem ele não vivo. Quando você contribui, você está dizendo: eu reconheço que Deus é responsável pelo meu sustento. Eu não preciso temer. Concluindo, qual será sua postura diante de Deus a partir de agora? Vai revelar que você tem um coração rendido a Jesus ou a Momom? Comece hoje mesmo a viver esse princípio da fidelidade a Deus na devolução dos seus dízimos e ofertas. Mostre que você é dono do dinheiro e não ele dono do seu coração. Confie no cuidado de Deus em sua vida e viva essa liberdade e desfrute das bênçãos de Deus.
Pr. Izaias Cunha
Pastor da IPB Filadélfia – Dourados – MS