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Quem é mais importante dentro da sua casa?

Quem é mais importante dentro da sua casa?

Um grande desafio para as famílias é lidar com a diferença na personalidade e no comportamento dos filhos. Seria mais fácil se eles fossem iguais, mas eles não são. Outro grande desafio é conviver com as expectativas frustradas em relação ao que se espera do cônjuge. Seria mais fácil se ele fosse do jeito que queremos, mas ele não é.

Não, não somos iguais. Como família é importante que sejamos gratos e saibamos viver com sabedoria diante disso. Deus nos fez diferentes, não apenas como homem e mulher, filhos e filhas, mas como aqueles que tem um propósito em seu reino eterno. Nossas diferenças não estão apenas em relação ao chamado divino ou aspectos positivos, mas também estão em nossas fraquezas, e quando não sabemos suportar isso em amor, nossos vínculos familiares se fragilizam.

Na família, há diferentes personalidades, papéis e responsabilidades (Cl 3:18-21), mas sua consolidação decorre de sabedoria e discernimento que vem do Senhor (Pv 24:3,4; Sl 127:1). Na família alguns são expansivos, outros tímidos e reservados. Há famílias com membros de raciocínio prático e objetivo, enquanto outros são sentimentais e demorados nos seus passos. Essas e outras diferenças podem gerar desajustes e tensões no seio familiar, especialmente se nós acharmos que “o nosso jeito” é sempre o melhor.

É preciso que em nosso relacionamento familiar apliquemos o raciocínio de Paulo quando corrigiu aqueles que equivocadamente se achavam melhores que os outros: “quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1Co 4:7). Ao reconhecer que tanto nós quanto cada membro de nossa família recebeu do Senhor suas marcas distintivas não nos ensoberbeceremos contra nosso cônjuge ou filhos por nos achar melhor que eles, mas os consideraremos como iguais a nós no Senhor.

Com isso não estou falando para se quebrar o princípio de autoridade entre marido e mulher ou pais e filhos, nem para ignorar o pecado como se fosse irrelevante, estou falando que quando nosso coração está “enxarcado” com o entendimento e convicção de que somos iguais no Senhor, então tratamos todos os membros da nossa família como aqueles que possuem o espírito de Deus e foram comprados pelo mesmo sangue que nós, como aqueles que necessitam ser amados e respeitados apesar de suas fraquezas ou diferenças em relação a nós.

Quando Deus é de fato o mais importante dentro da nossa casa, nossos conflitos não criam raízes, pois lidamos com as diferenças no amor de Cristo. No coração de Deus a família é um relacionamento estruturado por meio de amor, submissão, obediência, cuidado e respeito. Nossas diferenças não devem abalar essa estrutura, mas fortalece-la, de forma que em família experimentemos profundamente o amor de Deus. Que nós cuidemos de nossas famílias com sabedoria diante das diferenças e necessidades de cada um, pois como nos alerta 1 Tm 5:8, a falta de cuidado com a própria família sinaliza negação da fé!

Rosenery e Alisson Lourenço – Ministério de Casais