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REFORMA RELIGIOSA DO SÉCULO XVI

A data de 31 de outubro de 1517 registra um dos eventos de maior relevância no movimento histórico e religioso da humanidade. A Reforma é o nome do movimento que aconteceu no século XVI, na Alemanha. Foi fruto de uma atitude elogiada por uns e amaldiçoada por outros.
A história atesta sua necessidade. A Igreja havia se degenerado, teologicamente e moralmente. Doutrinas erradas corromperam a Igreja desde a Idade Média. Os pensadores católicos reconheciam isso. Vozes se levantaram contra os erros. Muitos, como Savonarola, João Wiclyff, João Huss, Pedro Valdo e centenas deles, foram excomungados e outros queimados na fogueira da Inquisição.
Quanto à importância da Reforma, ninguém mais discute sua necessidade. A própria Igreja de Roma confessa, honestamente, hoje, o que já diziam muitos dos antigos do passado, que pagaram, com suas vidas, e o clamor de suas almas o erro extremo na doutrina, na disciplina e no culto. Foi nesse ambiente que apareceu um monge agostiniano, batizado com o nome de Martinho Lutero. Na “Dieta de Wormes”, em 1521, que se definiu com
clareza o movimento reformador.
Na “Dieta de Wormes”, em 1521, que se definiu com clareza o movimento reformador. Querendo por todos os modos coagi-lo a retratar-se, diante de todas as autoridades imperiais e eclesiásticas, Lutero deu a histórica resposta: “Não devo, não quero e não posso retratar-me de coisa alguma, a não ser que me convençam pelas Sagradas Escrituras, que estou errado”. Foi por ocasião desta reunião Conciliar que Lutero compôs um dos hinos mais clássicos da música sacra: “Castelo Forte” (Hino 150 do Hinário Presbiteriano). A Reforma brotou dentro da Igreja Católica. Lutero era Monge Católico e
sacramentado na ordem do Espírito Santo no que tem de bom. Se a Reforma fosse negativa, valeria só pelos seus princípios básicos:
1. SOLA SCRIPTURA: A Bíblia como única regra de fé e prática, está acima da tradição: as tradições são perigosas. Já nos dias de Cristo ameaçavam a fé (Marcos 7.6-8; Hb. 4.12). 
2. SOLO CHRISTO: Só Cristo salva. Ele é o único Mediador entre Deus e os homens. Sua obra salvadora é completa e eficiente para a salvação (Atos 4.12; I Tm. 2.5).
3. SOLA GRATIA: somente pela graça de Deus podemos ser salvos. A salvação vem de Deus e é gratuita. A Igreja não pode salvar o homem, como também a salvação não é uma conquista humana (Ef. 2.8-10; Rm. 3.28 e 5.1).
4. SOLA FIDE: Primazia da fé sobre as boas obras. O homem é salvo pela graça e justificado pela fé na Obra de Cristo – As boas obras são fruto da fé, não causa da salvação (Efésios 2.10).
5. O sacerdócio geral dos crentes, não o sacerdócio como uma “Casta Especial”: todos têm o direito de orar diretamente ao Pai, pelo Nome e na Mediação de Cristo. Enquanto a Igreja Católica não reformar suas doutrinas pela Bíblia continuaremos a rejeitar a idolatria nas suas diferentes formas; prosseguiremos na pregação do Evangelho e na adoração do Deus vivo. Oramos por todos os homens e abriremos as portas dos nossos templos para dar boas vindas a todos. SOLI DEO GLORIA: e a Deus damos toda glória!
Pr. Izaias Cunha
Pastor da IPB Filadélfia – Dourados – MS