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“Senhor, ensina-nos a orar” Pt2

O objetivo desta pastoral é prosseguir o assunto iniciado na semana passada, onde começamos a examinar a oração que o Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos. A “Oração do Senhor” não deve ser encarada pelos cristãos como uma “reza” a ser repetida, um “mantra”, ou uma espécie de conjunto de palavras mágicas usadas pelo povo de Deus; antes, deve ser recebida por nós como um modelo, como um guia que alcança o nosso coração, adequada as motivações e treina a nossa vida de devoção, privada e pública.

A estrutura da oração que o Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos é composta por uma introdução (Pai nosso, que estás nos céus), 6 petições e uma conclusão (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém). Na semana passada, observamos a introdução e as primeiras três petições. Agora, nosso próximo passo será considerar as três petições finais, bem como a conclusão.

Se as primeiras petições dirigem o nosso coração aquilo que está mais diretamente ligado aos desígnios de Deus (teu nome, teu reino, tua vontade), as

próximas três petições estão relacionadas às necessidades do povo de Deus. A primeira delas é o sustento diário. Ao orarmos “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”, estamos reconhecendo que a manutenção diária para a nossa vida e família provém de Deus. Cristo nos ensinou a pedir o pão diário, ou seja, somos ensinados a ter contentamento no que Deus nos dá e desafiados a crer na provisão diária do Senhor para as nossas vidas.

A quinta petição, “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”, tem um triplo propósito: lembrar que somos pecadores, lembrar que precisamos de perdão e lembrar que Deus, em Cristo Jesus, nos perdoa dos nossos pecados. Além disso, essa petição também nos ensina o dever de liberar perdão aos que, porventura, nos feriram.

Pedimos por pão, pedimos perdão e agora pedimos proteção. “Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” é a expressão da dependência

de Deus. Em nosso caminhar diário, reconhecemos que somos guardados, preservados pelo Senhor. Suplicamos pelo constante socorro de Deus por nós, afim de que permaneçamos firmes na nossa caminhada com Cristo. A sexta petição também é um alerta constante de que o Maligno é um dos inimigos do crente e que devemos pedir o socorro e a proteção do Senhor. 

Por fim, a conclusão, “pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre”, é uma confissão do soberano e eterno governo de Deus. Louvado seja Deus que nos ensina a orar. Portanto, meus irmãos, ao aprendermos com o Mestre, vivamos uma vida consistente de oração. Reconheça que o sustento da tua vida vem Deus, quebrante-se diante de Deus pedindo perdão pelos pecados, perdoe aqueles que te feriram e dependa da proteção do Senhor. Que você desfrute de tempos de renovo e intimidade com Deus em oração.
Pr. Davi Wallace