João 1.14
Uma das verdades centrais do evangelho que proclamamos é que Deus, na Pessoa de Jesus se fez carne para
que a salvação pudesse ser concretizada. As informações a respeito da divindade de Jesus são incontestáveis.
João 1.1-3 diz isso.
Este verbo apresentado como Deus, Criador de toda as coisas, que decide se fazer carne e habitar entre nós,
assume a forma humana e vive com todas as limitações de um ser humano porque ele se esvaziou, abriu mão
não da sua essência e nem da sua identidade de Deus, mas deixa de usar atributos exclusivos de Deus, como
por exemplo, a onipresença, a onisciência, e a onipotência, Jesus estava limitado a um corpo, pregava o
evangelho em uma cidade de cada vez, Ele cresceu em sabedoria e em conhecimento diante de Deus e dos
homens e não usou o recurso da onisciência, assim como não usou da onipotência.
No entanto, o Deus preexistente tem um corpo formado para Ele na terra e o ponto de partida do evangelho é
registrado em Mateus 1 e Lucas 1 falando da concepção sobrenatural, quando o anjo Gabriel aparece a Maria,
e por ocasião da anunciação o texto diz: “descerá sobre ti o Espírito Santo e poder do altíssimo te envolverá”, e
ele anuncia, “o ente santo que de ti há de nascer será chamado filho de Deus”, assim nós temos aqui o mistério
do Deus encarnado. Mistério que precisamos professar, crer e testemunhar.
Qual a razão de ser da encarnação?
1) A encarnação revela Deus ao homem (João 1.18)
2) A encarnação oportunizou Jesus fazer aquilo que Adão não fez (Romanos 5.12)
Por meio de um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e a morte passou a todos os
homens, Adão na verdade, acaba procriando uma linhagem de pecadores que não reproduzem a imagem de
Deus e Cristo vem para ser o último Adão (1 Co. 15.45), não apenas o segundo, mas o último porque depois
dele não haveria necessidade de nenhum outro.
3) A encarnação envolve a ideia de um Sacerdote perfeito. Jesus nunca pecou.
4) A encarnação o qualifica como o Substituto perfeito.
Nesse cenário em que o pecado entra e se perpetua em toda humanidade pela carne, nos faz entender que
Deus precisava julgar o pecado na carne, que Deus precisava assumir um corpo à semelhança de cada um de
nós para que nele o pecado fosse julgado. Então, a Bíblia nos diz em 2 Co. 5.21 que aquele que não conheceu
pecado (Jesus), Deus o fez pecado por nós, para que nele nós fôssemos feitos justiça de Deus.
5) A encarnação evidencia a vitória de Jesus sobre o diabo
Nas seitas por aí Jesus é apresentado como espírito iluminado, mas não é reconhecido como Deus encarnado,
porque sua encarnação é essência da obra da redenção, e é a forma mais humilhante pela qual satanás foi
vencido. Deus podia tê-lo esmagado como um inseto, na condição de Deus, mas vem como homem, inferior
aos anjos, que é o que satanás é, um anjo caído para vencê-lo dessa forma.
Esse é o verdadeiro sentido do natal. Salvação nos foi concedida, e isso deve ser celebrado todos os dias, ainda
que de uma forma especial nesta data, mantendo a tradição. Mas todos os dias celebrar e proclamar o Deus
encarnado para salvação dos nossos pecados é o que Deus nos chama para fazer, portanto, sejamos
AGRADECIDOS por tão grande salvação. A tradição nasce com o desejo de agradecer a vida de Jesus. Não faz
sentido valorizar “Papai Noel”, precisamos falar e proclamar Jesus. Isso sim é Natal!!!
Pr Izaias Cunha