Você foi criado para a glória de Deus
Nossa geração está passando por um momento crítico. Os sábios do rei Assuero nos dias da rainha Ester entendiam dos tempos, e nós precisamos também saber fazer uma leitura dos nossos dias para que possamos como Igreja trazer respostas.
Quero compartilhar dois elementos do nosso tempo que tem afetado de forma dramática a vida das pessoas.
- A AUSÊNCIA DE PROPÓSITO E DE SIGNIFICADO – essa é uma das grandes tragédias da vida que tem gerado um colapso das crenças, uma rejeição declarada às tradições dos antepassados, como não produtor de resultados, e um exemplo claro disso são os jogadores de futebol, que mal conseguem fazer uma sentença gramatical articulada, em sua grande maioria, entretanto, ganham muito mais que um cientista. E às vezes, sem jogar futebol há muito tempo! Vivem da mídia. E a pergunta que fica na cabeça da juventude é: vale mesmo a pena estudar? Estamos com uma geração de pessoas insatisfeitas e vazias, alimentando-se de conteúdo inútil produzido pelas grandes mídias televisivas.
- A BUSCA DE NOVIDADES EXÓTICAS – Numa música espanhola se ilustra isso muito bem: “Cada noite um rolo novo. Ontem o ioga, o tarô, a meditação. Hoje o álcool e a droga. Amanhã a aeróbica e a reencarnação” (Cómo decirte, cómo contarte – Joaquin Sabina). A mídia cria mitos, cria conceitos, projeta sempre o que é contra o estabelecido. Vemos o zelo pela ecologia e desprezo pelo humano. As crenças e posturas são casuais e produto de circunstâncias. O evangelho pode ser verdade, mas é verdade para uma pessoa e não para outra. Há tantas verdades como pessoas. Cada uma tem a sua, cada uma faz a sua. As pessoas rejeitam um folheto evangelístico que fala de Jesus com a justificativa de que não crê nessas coisas, no entanto, acreditam em duendes, fada madrinha etc. Os objetos supersticiosos, como óleo ungido, rosas sagradas e a água do rio Jordão, passam a ter o mesmo valor no Cristianismo que na religiosidade popular pagã. Nossos crentes assistem aos programas da “Universal”, onde os fundamentos do protestantismo são negados. O sacerdócio universal de cada crente, a graça por causa do amor de Deus, o fato de que Deus não se deixa subornar, são negados nas suas práticas exóticas. Ao mesmo tempo há a ideia de que uma água benzida pela oração do pastor tem fluidos mágicos. Tudo isto entra na cabeça de nosso povo. Há uma paganização do movimento evangélico hoje. A crença tipo picadinho está muito forte nos segmentos mais baixos do movimento evangélico.
Diante do exposto, que resposta podemos oferecer a essa geração como Igreja?
LEMBRAR QUE TEMOS VALORES ETERNOS – fomos criados para a glória de Deus, para adorar a Deus, para o prazer de Deus. Precisamos mostrar o evangelho como uma cosmovisão, uma explicação global do mundo. Que o evangelho tem respostas para todos os dilemas dos nossos dias, que Jesus é a resposta para esse mundo perdido, que devemos viver para agradar a Deus e fazer sua vontade. Jesus deixou propósitos para sua Igreja, basta ler Mateus 28.18-20 e Marcos 16.15. Isto não é novo. É neotestamentário. Não precisamos criar novos propósitos, novos rumos e nem nos desviarmos dos traçados pelo Senhor da Igreja, mas sim, mostrar a esta geração, que o fim principal do homem é viver para glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Que Deus nos ajude a sermos essa Igreja com propósito, que vive para sua glória, e que esse é o sentido último de estarmos aqui neste mundo.
Pr. Izaias Cunha